Como fazer amigos e influenciar pessoas | 10 grandes ideias | Dale Carnegie | Resenha de livro

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Você sabe se comunicar bem? Sabe ser compreendido e influenciar pessoas? Ou se sente ansiedade social para falar com estranhos, como falar em público? Hoje nós veremos a resenha de um dos maiores clássicos sobre habilidades sociais da história “Como fazer amigos e influenciar pessoas”, escrito em 1936 por Dale Carnegie com mais de 50 milhões de cópias vendidas em todo mundo e traduzido para mais de 36 línguas.

Mas por que estudar habilidades sociais?

Bem, sua capacidade de se conectar com pessoas e se comunicar serão determinantes na sua vida, se você fará amigos, se conseguirá alguém para se relacionar, se você terá sucesso profissional, se você vai fazer as outras pessoas entenderem o que você está querendo dizer e se as outras pessoas gostarão ou não de você.

Lógico que você nunca nem vai nem deve querer agradar todo mundo. Mas talvez você queira rever alguns maus hábitos sociais que você tenha adquirido ao longo do tempo por causa de algum condicionamento social.

Eu fico impressionado como um “oi” pode mudar sua vida e te levar para lugares que você nem imaginava. Assim como aprender a jogar xadrez ou a falar em público, aprender a se comunicar com pessoas é uma habilidade que pode e DEVE ser aprendida.

E se a gente quiser divagar um pouco, Freud disse que, dentre as fontes de infelicidades do ser humano, a principal delas é aquela causada por outras pessoas. Então, você talvez queira melhorar suas habilidades sociais.

O título é um pouco chamativo e você pode ter algum preconceito para lê-lo como eu tive. Mas, vamos lá, superar isso e começar a ler. Assim, como os outros livros, este livro será como um amigo seu com que você vai conversar várias vezes no decorrer da sua vida para aprender e utilizar os conceitos que ele fala.

A parte introdutória do livro inclusive dá algumas dicas de como você utilizar esse manual de pessoas, como:

  • Desenvolver um profundo e dinâmico desejo de aprender os princípios das relações humanas
  • Ler cada capitulo duas vezes antes de passar para o seguinte;
  • Quando estiver lendo, parar frequentemente e se perguntar a si como pode aplicar cada sugestão.

O livro é divido em 4 partes que são:

 1 – Técnicas fundamentais de lidar com pessoas

2 – 6 maneiras de fazer as pessoas gostarem de você

3 – Como conquistar as pessoas a pensarem do seu modo

4 – Seja um líder: como mudar as pessoas sem ofendê-las ou nem deixa-las ressentidas.

São vários hábitos. Separei os dez de que mais gosto, então vamos lá!

Se você quiser ler livros de forma inteligente, leia o Leitura Inteligente 2.0: Como Ler com Técnicas de Leitura e Aprendizado. Você verá os princípios que usei para ler este livro!

Ideia 1: Lembre-se que o nome de uma pessoa é para ela o som mais doce e importante que existe em qualquer idioma

Esse aqui é um dos maiores pecados da humanidade. Você vai ouvir todas as desculpas que as pessoas dão por ter esquecido seu nome: Nossa, sou péssimo com nomes. Desculpa, esqueci. Conheci muita gente hoje.”

Bem, se você não lembrar o nome de uma pessoa, você estará começando com o pé esquerdo.

Quando eu estava morando na Alemanha, eu havia perdido meu cartão de residência e fui tirar outro. Chegando lá, fui logo recebendo um carão de uma senhora muito séria por tê-lo perdido, pois era um documento muito importante, que deveria ter comunicado de imediato à polícia.

Como eu tinha acabado de ler esse livro, fui tentar praticar minhas habilidades sociais e logo vi o nome da Frau Schinkel-Strohsal na mesa, além de pedir desculpas de imediato, outro princípio que veremos adiante.

Para minha surpresa, o tratamento se tornou outro. Só porque me interessei em pronunciar corretamente o nome desta senhora e saber de onde ele vinha. Ela me deu todas as orientações para conseguir outro cartão e todo mundo feliz.

Para memorizar o nome das pessoas, eu te dou três dicas:

i) se concentra quando você estiver se apresentando – muitas vezes estamos tão concentrados em passar uma boa impressão que sequer escutamos o nome da outra pessoa;

ii) repita o nome da outra pessoa até 3 vezes no início da conversa; e

iii) esse é uma técnica de memorização: faça uma caricatura da pessoa, lembre de alguém conhecido que tenha o mesmo nome, brinque com o nome dela de forma grotesca para criar algo memorável.

Ideia 2: Fale de coisas que interessam à outra pessoa

O segundo princípio é fale de coisas que interessem à outra pessoa.

Se eu te dissesse que minha meta com o canal no Youtube seria alcançar 1000 inscritos. Entretanto, eu jamais pediria para você se inscrever no canal simplesmente por se inscrever. Meu QI social seria praticamente inexistente aqui e poderia esquecer tudo que estou falando. Mas é exatamente o que a maioria das pessoas faz.

Em vez disso, eu presumo que, se você está lendo este post, porque você gosta de desenvolvimento pessoal e de leituras, daí eu transformo o conteúdo de um livro no vídeo mais didático que posso para te explicar esses conceitos que vão te ajudar na tua vida com novas ideias. E te peço para se inscrever se você não quiser perder mais outras grandes ideias que estão vindo aí!

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Isso é falar em termos que interessem à outra pessoa.

Ideia 3: Torne-se verdadeiramente interessado na outra pessoa

Agora, a premissa básica para que você possa ser mais carismático, é tornar-se genuinamente interessado em outras pessoas. Especificamente, Carnegie afirma que você pode fazer mais amigos em dois meses, tornando-se interessado em outras pessoas do que você pode em dois anos, tentando fazer com que outras pessoas se interessem por você.  E essa verdade é mundial: as pessoas gostam de se sentir importantes e de falar delas mesmas. Preste atenção no seu próprio discurso e você vai ver que a cada tres frases, você vai dizer algo em primeira pessoa, eu acho, eu penso, na minha opinião, comigo.

O takeaway dessa ideia é que quando você estiver conversando com alguém, se interesse pelo que a outra pessoa tem a dizer. Se for uma pessoa nova, tente descobrir pelo menos 3 coisas sobre ela.

Ideia 4: Sorria

O quarto princípio é sorrir.

A expressão que uma pessoa mostra é muito mais importante do que as roupas que ela veste. Foi feita uma pesquisa nos EUA no final da década de 80 para ver a influência de um sorriso nas pessoas. Havia três grupos que foram colocados para assistir a um desenho animado. Um ficou segurando um lápis na mão, o outro dessa forma e outro entre os dentes, forçando um sorriso. Foi observado no grupo que foi forçado a sorrir avaliou o desenho como mais engraçado. Ou seja, o simples fato de sorrir, mesmo que seja forçado, já altera o funcionamento do seu cérebro para que ele libere mais dopamina.

Se você chegar em um ambiente sorrindo, tenha a certeza de que você será mais bem tratado. Sorrisos são contagiantes. Por exemplo, o sorriso de um bebê numa sala de espera, é capaz de fazer toda a energia da sala mudar com um sorriso sincero.

Nós não estamos falando aqui de um sorriso insincero. Este não engana ninguém. Nós conhecemos e sentimos quando ele é mecânico. Veja que o sorriso é percebido até através do telefone. Nós sabemos quando a outra pessoa está sorrindo ou não, e por isso, muitas empresas de telemarketing determinam que seus funcionário sorriam quando liguem para alguém. Sorria!

Ideia 5: Faça a outra pessoa sentir-se importante e faço-o com sinceridade

Preste atenção nisso: todo ser humano tem o desejo de se sentir importante. Ninguém gosta de ser ignorado ou desprezado. Lembrei aqui agora inclusive da ideia de um outro livro muito bom do psicólogo social americano Matthew Lieberman, Social: Why our brains are wired to connect, em que ele explica que a dor social se assemelha a dor física. 

No livro ele comenta de um experimento em que três alunos (dois pesquisadores e uma cobaia), ficavam jogando a bola de um para o outro até que os pesquisadores deixaram de jogar a bola para o cobaia. 

Foi observado que o cérebro dos alunos desprezados acionaram as mesmas áreas responsáveis pela dor física.

Lembre aí na sua vida alguma ocasião em que você foi deixado de lado…

Por isso, nós podemos e devemos destacar alguma qualidade das pessoas que passam por nossos dias. Mas veja bem: tem que ser sincero. Não pode ser bajulação!

A diferença entre elogio e bajulação? É simples. Um é sincero e a outra é falsa. Um vem do coração e a outra é da boca pra fora (vem dos dentes na língua inglesa). Um é altruísta; a outra é egoísta.

O Dale Carnegie até comenta que se somos tão desprezivelmente egoístas à ponto de não podermos irradiar um pouco de felicidade e passar um pouco de sincero reconhecimento e apreço sem tentar tirar algo da outra pessoa em troca.

Espalhe um pouco de simpatia que você verá as outras pessoas te tratarem BEM diferente.

Ideia 6: Seja um bom ouvinte; Incentive as pessoas a falarem sobre elas mesmas.

Uma das habilidades mais importantes que qualquer pessoa pode ter é a capacidade de ouvir. E daí o Carnegie nos apresenta o conceito de ser um bom conversador. E pra isso você tem que aprender a ouvi, que justamente se alinha com o quinto hábito das pessoas altamente eficazes do Stephen covey que é “procure primeiro compreender para depois ser compreendido”.

Você tem que ser um ouvinte atento. Carnegie explica que para ser interessante, você deve estar interessado e você deve encorajar as pessoas a falarem de si mesmas e de suas realizações.

Ideia 7: Mostre respeito pela opinião dos outros. Nunca diga você está errado!

Eu tenho certeza de que você já ouviu alguém dizendo isso: você está errado! Tenho certeza também de que você se colocou logo na defensiva. Ninguém gosta de ter o dedo apontado na cara, pois é um golpe contra nossa inteligência, orgulho e autorrespeito. Daí o conselho do Carnegie é o seguinte:

Se você estiver falando com alguém que você SABE que está errado, você pode falar algo do tipo: Bem, olhe, pensei o contrário, mas eu posso estar errado, como frequentemente estou. E se eu estiver errado, eu quero ser corrigido. Vamos examinar os fatos.

Veja que a abordagem aqui é totalmente diferente. A outra pessoa estará muito mais receptiva para escutar que você tiver para dizer e assim você talvez possa ganhar esse argumento.

Ideia 8: Dramatize suas ideias

No clube das ideias que houve aqui em Fortaleza, no qual falei sobre o Pai Rico, Pai Pobre, nós estávamos falando sobre educação financeira e de alguns conceitos sobre como investir dinheiro e como estamos literalmente rasgando dinheiro quando gastamos com supérfluos. Bem, eu queria que os presentes de fato levassem aquela visão para vida. Foi então que eu queimei uma nota de 20 reais na frente da plateia sob olhares incrédulos de que eu estava queimando dinheiro.

Se você quiser um exemplo de uma pessoa um pouco mais famosa, vou te dar o do Bill Gates falando em Ted Talks a respeito da Malária. Para chamar a atenção da plateia a respeito da importância do tema e que mosquitos não são somente um problema de pessoas pobres, ele soltou um monte deles na plateia.

Veja que isso foi para traumatizar mais do que dramatizar.

Ideia 9: Se você estiver errado, admita rapidamente.

Muitas vezes erramos, mas a gente insiste em esconder o erro ou não admiti-lo por orgulho. Jogue a primeira pedra que nunca fez isso.

Cara, admite logo. Não adianta fantasiar, principalmente se for com sua namorada ou com seu chefe.

Apenas admita seu erro e peça desculpas.

E siga em frente.

Ideia 10: Chame atenção indiretamente

Uma grande lição do livro. Troque a palavra MAS por E. Muitas vezes como vamos receber um feedback, podemos ter feito um trabalho maravilhoso, mas no final a pessoa fala MAS faltou isso. Pronto, isso vai ser suficiente para tirar o mérito da crítica. O que era um elogio passou a ser uma crítica. Nessas conversas você já vai percebendo pelo tom da pessoa que vai ter um MAS logo mais.

Estas seriam as 10 grandes ideias deste livro.

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Se quiser assistir à resenha do livro, assista ao vídeo abaixo, sem esquecer de se inscrever lá no canal no Youtube!

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